Estranho são estes momentos em que há tanto para se refletir que o pensamento simplesmente se esvai. O problema continua lá, habitando seu inconsciente, e por vezes vaga vagaroza e solitariamente pelo seu consciente também. Mas mesmo assim a mente prevalece vazia. A preocupação estranhamente não leva a nenhum desespero. É como as vezes em que o medo é tanto que o grito é falho. Talvez a abundância de um sentimento negativo nos sobrecarregue a ponto de inibir alguma reação física. Não que isto seja bom, muito pelo contrário, se estas emoções não acham um meio pelo qual se esvair, permanecerão dentro de nós, somente a crescer. Mas algumas poucas vezes, você realmente quer que elas saiam. Quer elas em qualquer outro lugar que não seja silenciosa e solitariamente dentro do seu corpo. E elas teimam em não te abandonar, teimam em não sair, por mais que esta seja sua única súplica. E você acaba condenada a aquele momento vazio, em que não há alegria, esperança e nem dor. E que não a nada, nada além de você e aquela sombra obscura rondando discretamente a sua mente. Por vezes seu rosto está molhado e você sequer se lembra de ter chorado. Talvez sua triste angústia tenha se tornado tão silenciosa que nem você mesma percebe.
5 pessoas também deram sua opinião:
ruim é quando o vazio se torna parte de ti, se torna convencional não ter dor e para isso não ter também a alegria.
pensativo, teu texto, assumo.
beijos
Sim, me vi neste post, minhas angústias e silêncios.
é sempre bom passar por aqui.
Ôbèron
Li, as vezes é preciso um vazio para aprendermos a n6os preencher melhor.
Teu texto é reflexivo e b5elo.
Amei tudo aqui, sigo-te com prazer!
Muitos abraços...
Li, passando para dar-lhe um abraço e desejar que sejas imensamente feliz em 2012!
Olá, Li!
Um pouco sumido... mãs, eis-me cá again.
Bem... Gostei da reflexão. É verdadeira. Peguei-me eu mesmo muitas vezes em situações como estas [talvez tenham nunca terminado].
Espero profundamente que fiques bem!
Cuidas-te,
[F]
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