É tempo de felicidade

|

Tento a mais de hora por em palavras tudo o que desejo para todos. Todos mesmo, conhecendo ou não. Faça desse ano seu ano. Faça dessa vida uma conquista, uma realização. Não deixe que tudo passe por você. Curta cada dia, cada momento. Não se deixe abalar pelos medos, pelas incertesas. Arrisque-se. Impressione todos e a si mesmo. Sinta. Ame. Não perca nem um instante com bobeiras, viva o amor do lado das pessoas que adora tanto. Não perca tempo prejudicando a vida dos outros, cada um já tem problemas o bastante. Viva. Lembre-se de como é indescritivelmente bom poder respirar e estar vivo. E faça tudo valer a pena.

Nossa chance é uma só, aproveite como nunca antes.


Do you know that there's
Você sabe que há
Still a chance for you
Ainda uma chance pra você
‘Cause there's a spark in you
Porque há uma faísca em você
You just gotta
Você só tem
Ignite the light
Acender a luz
And let it shine
E deixá-la brilhar
Just own the night
Só ganhe a noite

Katy Perry - Firework



E seja muito feliz.


Feliz ano novo para todos.

Nunca é sempre

|

E o que realmente importa? E o que é real? E quando as suas verdades desmoronam em ruínas aos seus pés, o que te sobra? Talvez seja melhor nem construirmos nossos muros de felicidade. Nada dura para sempre. Talvez seja melhor se contentar com o chão, e não colocar certeza em nada que dependa de outras pessoas, sejam elas quem forem , digam elas o que disserem. Não que todos te enganarão, ainda há decência nesse mundo afinal. Mas tudo pode mudar, e nem você nem elas podem garantir que isto não aconteça. O mundo não gira para nós, infelizmente.
Nada dura para sempre.

Eles

|

Ela tem dúvidas. Ele tem incertezas.
Ela está perdida em meio à pensamentos. Ele está assustado perante a realidade.
A escuridão a cega. A luz o ofusca.
Ela foge das possibilidades. Ele foge dos fatos.
A verdade a perturba. A mentira o ilude.
Ela quer fugir. Ele quer esquecer.
Ela se esconde. Ele ignora.
Ela pensa demais. Ele sequer cogita.
Diferentemente parecidos, se apóiam, se levantam, enfrentam e tentam. Às vezes basta uma pessoa na vida para ser suficiente, mesmo que ainda falte muito.

Aqueles dias atrás

|

E quando amanhecer eu quero estar ao seu lado
E as lembranças não tão distantes voltam
Relembram-me daqueles dias e noites
A vida sem complicações ou injustiças
Dias de alegrias incessantes e simplicidade
Dias em que risos e sorrisos infantis
estampados em nossos rostos permaneciam
Dias de desconcentraçoes
Pores-do-sol emocionantes e transitantes
que acompanhávamos em espírito
E então em sequência surgiam as noites
Despertando e sobrepondo o nosso outro lado
Um lado não tão inocente e ingênuo
A inconsequencia de nossos atos
Torna-se dominante perturbadoramente
Porém a felicidade não nos deixa
E vem então a alta madrugada
E então vem o descobrimento viciante
Estimula-nos ao máximo com novos prazeres
E vem a calmaria some-se a libido
Doces sonhos sucediam
Com a certeza de que mais um dia estava por vir
Mas não estas noites frias
Que embebedam minhas tristezas
E esfumaçam minha volta
E nem dormir me acalma
A perturbadora realidade invade meu inconsciente
E me lembra da cama vazia
E quando amanhecer eu quero estar ao seu lado
Mas eu sei que não vou

Sem direção

|

Eu quero me perder. Algo estranho de se desejar, admito. Mas prefiro me perder do que continuar a tentar racionalizar algo que deixou de ser lógico para mim. Algo que nem sequer sei quando começou e que não me deixa em paz.
Algo que me transforma e faz com que eu vomite palavras de frustração incessantemente em quem está ao meu lado.
Algo que faz questão de esfregar em minha cara uma dura realidade que eu nem sei mais se é distorcida ou não.
Algo que brutalmente arranca de mim todas as lágrimas, pois põe à flor da pele todas as minhas tristezas e incertezas simultaneamente.
Algo que desfigura minha face e quebra a minha máscara dia após dia.
Eu quero me perder logo, é o único jeito que me resta para quem sabe enfim me achar.

(sem título)

|

É tão fácil fechar os olhos para o problema dos outros. Mesmo diante de uma súplica silenciosa e contínua.

Desisto do ser humano. Mas espero que só temporariamente.

Poder me soltar

|

Poder fugir. Não fugir, isto é errado. Poder encarar e perceber que isto não me faz mais bem. Perceber que isto chega a me prejudicar. Poder correr não de medo, mas com vontade de conhecer novos horizontes. Poder estar satisfeita novamente sem precisar de um motivo claro para isso. Poder ser feliz simplesmente porque sou, sem precisar que algo bom me aconteça para me trazer esse sentimento temporariamente. Poder acordar todo dia com um sorriso estampado no rosto, sabendo que como todos os anteriores, será ótimo, independente do que aconteça. Poder ter prazer em respirar. Alegrar-me com os dias de frio e de calor. Rir à toa. Poder ser independente. Poder me sentir viva. Viver!
Tudo o que eu quero é voltar a viver como antes. Sem precisar de ninguém para isso.
Tudo o que eu quero é me libertar.


Ela

|

Quando ele se foi, deixou como lembrança as lágrimas que escorriam pelo rosto vermelho e quente dela. Eram tantas que a visão já estava turva e a boca sentia o gosto salgado. Ela sequer tinha forças para levantar as mãos e enxugar a face com as mangas do casaco que eram compridas demais. Ela ficou lá, parada, enquanto ele lhe dava as costas e ia se distanciando sem pressa nenhuma, afinal, ele já tinha feito o que devia fazer. E ele estava cada vez mais e mais longe, até que sumiu entre as pessoas. E ela ainda não conseguia se mexer. O aperto da garganta não cessava. O choro silencioso dela não era ouvido por ninguém. E se fosse que diferença faria?
E ela sentiu-se vazia. Não sabia viver assim, sozinha. Tudo o que lhe enchia a alma de alegria havia desaparecido e sido substituído por todo aquele desespero avassalador em um tempo mínimo. Todas as suas esperanças, promessas, planos... Sumiram. E o vazio no peito parecia aumentar para todo o seu corpo rápida e cuidadosamente, preenchendo-a por inteiro sem piedade nenhuma.
Ela subitamente correu. Correu como nunca antes na vida. Correu sem direção, sem sentido. Não sabia para onde ir. Não tinha para onde ir. Correu até não agüentar mais. Correu até não saber aonde estava. E parou. Caiu de joelhos e se deixou mergulhar naquilo tudo que a corroía. A verdade é que ela não sabia mais viver. Ela não existia sem ele.

Entrelinhas

|

E eu proclamo incessantemente meus sentimentos através de meus garranchos em papéis aleatórios. Talvez para alguns pareça ser o mesmo blábláblá de sempre, mas não. A cada dia, a cada instante, eu sinto diferentemente do que anteriormente. E torna-se impossível reter tudo dentro desse corpo costumeiro, muito menos dentro da minha cabeça confusa. Pode parecer semelhante, mas igual, nunca. A angústia não é a mesma, a alegria muito menos. Meu ponto de vista se modifica, meu coração se aprofunda, minha cabeça se perde. E tudo o que posso fazer, é escrever, minha única escapatória. Meu alívio contínuo, meu calmante. Pode parecer tudo balela, mas não é. Talvez não para você, mas pra mim funciona, e muito. Por isso, não pense que sou repetitiva, alguém que fala sem sentir. Isso, nunca. Mas não tenho muitas alternativas, não sei realmente dizer certas coisas. Esconder entre palavras rebuscadas meus sentimentos confusos se tornou bem cômodo.

Um vício

|

Aquela situação em que percebemos que o que tanto gostávamos já não nos faz mais nem um pouquinho de bem, que nos mata aos poucos, lentamente, fazendo questão de que sintamos toda a dor da tortura intensamente. E você sequer sentia no começo. Mas de repente você não só sente, mas isso te preenche de forma inacreditável, vira a razão de sua existência. E que existência. Nunca havia de longe vivido dignamente. E você logo se pergunta como pôde passar tanto tempo sem aquilo. Familiar não é? Mas logo o fogo que te aquecia perde total controle e queima. Mas também, era de se esperar não? Sempre foi perigoso brincar com o fogo. E dói, como dói. Sempre menosprezou o que todos diziam sobre este tal fogo queimar. Afinal, só se queima quem não sabe lidar não é? Mas ele é traiçoeiro. E ele não cessa. E ninguém realmente sabe como pará-lo. Talvez não tenhamos escolha, nada mais do que bem feito, avisados previamente nós fomos não é? Mas quem disse que queremos pará-lo? Subitamente percebe que é melhor viver no meio de dolorosas chamas do que viver no frio. Será? Pobres criaturas somos, temos medo demais de voltar para o seguro frio, preferimos ser torturados nas chamas até que ela por si só finde com a nossa felicidade.

Palavras de alguém

|



E hoje meu amor, não se preocupe.
Esta noite eu estou aqui ao seu lado.
E esta é mais uma noite que você deveria saber que você pode se escorar no meu ombro e deixar todas as lágrimas correrem.
E você não precisa sair daqui se não quiser. Eu não vou a lugar algum.
E os meus braços estão aqui para você se aconchegar.
E o meu corpo está aqui para te fazer esquecer a dor.
E eu vou secar as suas lágrimas se possível, não importa o sacrifício.
E eu fico se você ficar. E eu vou a onde você for.
E eu partirei se você partir.
E se você se afogar na tristeza, eu te darei todo o ar que resta em meus pulmões.
E se o caminhar pela noite fria e escura for congelante, eu te darei todo o calor que resta em meu corpo.
E se a melodia que embala a sua alma acabar, eu tocarei para você.
E se não lhe restar mais vida, eu te dou a minha.
Porque esta noite amor, como todas as outras noites...
Tudo o que me importa é você.
Então meu amor, não se preocupe.
Eu sempre estarei ao seu lado.
Para sempre.
E não me importa realmente saber que não é recíproco.
Não preciso de um porto seguro.
Não preciso de alguém que se preocupe comigo.
Saber que você sorri é o que me basta para viver.

Os resquícios de uma alma

|
O desespero é tanto que já alcançou à calma. Uma estranha tranqüilidade, que em poucas vezes na minha existência vi ocupando meu coração. A desilusão com a vida que criei e comigo mesma é tanta que nem me preocupo mais. Pra que perder meu tempo? Não canso de provar que sou imutável nesse aspecto. Aprender com os meus erros provou-se impossível pra mim, pessoa desequilibrada e mal agradecida. Não sei se posso dizer que é desde sempre. Acho que não. Mas já há muito tempo sou quem sou, não sei como e nem por que. Um alguém que é tolo e sofre, mas só sofre porque merece. Desistir de mim é o que eu faço de melhor hoje, pelo visto fui à última a achar que tudo podia ser diferente. Realisticamente analisando, bom, não vai ser. Esta última decisão consciente de meu ser provavelmente é a única certa.
E já quase nem sinto mais. Amor provou-se irreal, idealista. Tristeza? Ainda resta um pouco, vem junto do remorso pela dor que causei aos outros. Vergonha também. Mas estas emoções misturadas com a minha decepção provaram-se o meu pior veneno, que me consome aos poucos. Mais cedo ou mais tarde tudo estará acabado. Já estou quase que totalmente vazia por dentro, não encontro nem mais forças para derramar uma última lágrima.
O que me resta é viver esses poucos momentos aqui e ali, com pessoas que logo também irão me ver realmente e desistir de mim. Tudo porque sou egoísta e covarde para acabar com isso antes. Mas quem sabe um último momento de lucidez me ajude a fazer o que devo e dar logo um fim para isso.

Despertar

|

É horrível acordar para a realidade e ver que todas as vidas têm complicações, sem nenhuma exceção, nenhum lugar onde nós possamos olhar e tirar a conclusão de que tudo irá mudar, tudo irá melhorar, que é só uma questão de tempo.
É horrível crescer e perceber que a felicidade não passou de uma invenção dos contos de fada que liam pra gente para podermos dormir tranqüilos, achando que o mundo é um lugar lindo, e que as coisas no final dão sempre certo apesar de todas as dificuldades. Mas pensando bem, o que teríamos feito sem esperança?
Às vezes queria voltar a dormir e sonhar. Como antes. Viver no meu mundo. E quem sabe não acordar mais para este.

Os gritos a nossa volta

|

Dizem por aí que é importante tentar transparecer os sentimentos e tormentos da alma, para não acabarmos na linha tênue que separa a sanidade e a insanidade. Sempre achei um conselho sábio, apesar de quase nunca levá-lo em consideração. Talvez por já não me restar razão internamente, como pode o mundo entender essa turbulência afinal?
Mas em meio a tantos altos e baixos, e baixos e mais baixos, atrevo-me a verbalizar uma mínima, digo até mísera fração dos meus desconexos sentimentos ao mundo que sempre se mostrou de braços abertos para recebê-los, mas... onde eles estão?
Depois de depositar minha última esperança de recuperar essa razão perdida nesses braços, bom, eles nada mais fazem além de me empurrar no chão e mostrar toda a sua indiferença. Afinal, quem quer ouvir sentimentos alheios? Pra que dar atenção aos outros quando podemos gastar nosso tempo com nós mesmos não é?

Abram os olhos. O mundo não é seu. O mundo não é meu.

Sucumbir ou Levantar

|

Nossa alma sangra. Certas vezes o que não nos falta são motivos. Parece que éramos cercados por muros e não sabíamos. E de repente esses muros de ilusão desabaram e nos deixaram desprotegidos, sem armas contra a doída realidade. E tudo o que queremos é acordar desta, um paradoxo.
Mas apesar de despidos de qualquer resquício de felicidade, lutamos. E vamos até o fim. Porque somos fortes. Porque queremos viver. Porque no fundo do coração, encoberto por todas as mágoas, está à certeza de que tudo pode melhorar.
E agüentamos. Resistimos a todas as facadas da invencível e incansável realidade, que sempre volta a nos golpear sem perdão. Até que caímos. E ficamos ali, no chão, sangrando. E então só nos resta duas alternativas: sucumbir ou levantar, mesmo que em pedaços, e continuar a caminhar.
E na maioria das vezes, é a segunda opção a nossa escolha. Porque não importa o quanto doa, nós vamos continuar seguindo. Vamos encontrar o lugar ao qual pertencemos e pessoas que nos amam do jeito que nós somos. Esta esperança que nos move. E não vamos simplesmente sobreviver, vamos enfim viver.

__________________________________________________


Desculpem por essas linhas mal escritas, eu só precisava..... escrever o meu espírito

A cidade dos homens

|

E de repente o sol se pôs. Não houve o crepúsculo para alertar que a noite fria e escura se aproximava. Mas ela veio. Encobriu a vida de todos os que não eram feitos de pedra. E entregaram-se a ela, sem tentar resistir. Não tinham força para isso. E um vento frio soprou com toda a força, tocando todos os corpos lentamente, à procura de algum vestígio de calor humano, de emoção. Carregou o que achou para longe, muito longe. Todos então procuraram impacientemente o calor. Procuraram em todos os lugares possíveis: em casa, nas escolas, nos amigos, neles mesmos, nos amores. Mas o vento era astuto, não deixou nem um resquício sequer de calor. Eles que já não suportavam mais aquele frio, desabaram. Uma chuva irrompeu pela cidade, todos os rostos estavam encharcados pela água salgada, que caía aparentemente interminavelmente. Mas tanta água teve que se findar. E acabou. Uma seca surgiu, porém não trazia o calor consigo. Era fria também. E os congelou. E todos desistiram, não achavam mais que um dia encontrariam o calor novamente.
Mas quando menos se esperava, quando todos já estavam solitariamente presos em seus corpos congelados, quem diria, surgiu o amanhecer. E lentamente veio afastando a noite para longe deles. E desta vez vieram raios que foram envolvendo, e penetrando em todos. Lentamente foram acalorando todas as pessoas. E tudo estava iluminado uma vez mais. Porém desta vez havia mais calor que antes.

“Depois da escuridão SEMPRE vem o amanhecer”

Por favor não esqueçam disso, eu vou tentar não me esquecer. Prometo.

A sensação

|


E da onde vem esse estranho vazio que me devora de dentro para fora? Começa no lado esquerdo do peito, esvaziando tudo fria e lentamente. Aos poucos sobe pela garganta, provocando um misto de agonia e insegurança, que lembra vagamente aquela dor de choro reprimido. E sobe à minha cabeça, expulsando o medo do desconhecido perante a sensação e substituindo por aquela melancolia. Sim, Aquela melancolia, velha conhecida das noites passadas no meu quarto vazio. Vem logo a desesperança, o descaso comigo mesma e a conformação. Mas de repente há uma reviravolta, a sensação ganha uma nova força e domina os meus olhos, que logo se afogam. No que seria tomado como o fim da enxurrada, surge então a pena de mim mesma. Pobre criatura que não sabe de nada, não sabe o que é ter motivos válidos para chorar. E então a enxurrada se triplica. E no fim a sensação vai embora, me deixando ali largada sem dó nem piedade, mas prometendo que em breve voltará.



______________________________________________________________




Recebi esse selo do Blog No Passo do Mundo, e agradeço muito mesmo :)

Este selo tem a finalidade de homenagear os comentaristas que além da assiduidade dos comentários e do esmero com que são feitos, provocam-nos a reflexão, entusiasmo e empolgação para continuidade do nosso trabalho.

Homenageio então:

....E Sarcasmo é meu nome do meio....

As melodias da Lina

Just be happy

Simplesmente respire

Dreamgirl ;), sua micolândia e brigadeiro de panela

Reflexo Encantado

Peço aos comentaristas que receberam o selo que façam referência ao blog que os homenageou, escolham outros blogues que achem justo homenagear - com o respeito pelos critérios atrás indicados - copiem a imagem do selo e mantenham a lógica do texto aqui apresentado.

E o mundo é colorido

|

E tem certos dias que você simplesmente vê que não são necessário motivos para se sorrir.

Viver é mais que o suficiente.
Independentemente de tudo o mais.
E nunca o mundo foi tão colorido.

E é inutil procurar palavras para descrever esses dias.


-----------------------------------------------------------------------------------


Hora do Planeta 2010 - Sábado, 27 de março das 20:30 às 21:30

Um pequeno gesto que faz sim bastante diferença

E o mundo é preto e branco

|

E um dia, como outro qualquer, eu acordei.
Mas a manhã não era como outra qualquer, ela não sorria para mim. E o sol não era o de sempre, ele não me iluminava. E o meu quarto não era o mesmo, ele não me acolhia. E os meus pais não eram os mesmos, eles não me entendiam. E a minha casa não era a mesma, ela não me trazia lembranças felizes. E o meu caminho não era o mesmo, ele não parecia familiar. E a minha escola não era a mesma, ela não mostrava onde me encaixo. E os meus amigos não eram os mesmos, eles não enxergavam o meu olhar. E ele não era o mesmo, ele não escutava minha alma.
E então notei, não era um dia como outro qualquer.
Ele não sorria para mim, não mostrava emoções. Ele não me iluminava, me empurrava para a escuridão. Ele não me acolhia, me jogava ao acaso do destino. Ele não me entendia, nem tentava me escutar. Ele não me trazia lembranças felizes, ele fazia eu me perguntar se elas chegaram a existir. Ele não me era familiar, nunca tinha sido tão estranho a mim. Ele não me encaixava, só me mostrava que não pertencia a lugar nenhum. Ele não enxergava meu olhar, não olhava para mim. Ele não escutava minha alma, não queria perder tempo.
Ele não passava de um vazio preto e branco, um dia de realidade.


________________________________________________

O blog ganhou um selinho da Thay, do Reflexo Encantado


Aqui vão as regras:

1- Postar o selinho no blog

2-Responder à pergunta: Você considera seu blog uma flor?

Olha, pensando bem agora, acho que sim. Como uma flor as idéias contidas nele nascem do nada. Os sentimentos posto nele crescem, se fortalecem, desabrocham e depois murcham.

3- Indicar 5 blogs e avisar os donos.

As melodias da Lina

...E sarcasmo é meu nome do meio...

Just be happy

Simplesmente respire

Dreamgirl ;) , sua micolândia e brigadeiro de panela

(sem título)

|

E quando não tiver mais amor, já não terá mais sorriso. E a alegria sobreposta então será pela mais profunda tristeza. E a melancolia já não irá mais partir. E os pontos de luz que estrelavam no céu serão para sempre encobertos por escuras nuvens, mostrando que sem eles, o céu afinal nunca passou de um grande vazio. E já não terá mais motivos para continuar. E depois que o rosto delicado deixar de ser encoberto pelas lágrimas à princípio julgadas erroniamente intermináveis, será dominado pela mais completa falta de expressão, pela desilusão. E não haverão mais motivos para se levantar. Mas isso não será um problema, visto que o sol já não irá mais nascer.

E pra que viver?

|

E qual o sentido da vida? A minha conclusão é que ela não tem sentido nenhum. Iremos morrer de qualquer jeito, não importa se somos alguém ou não, bonitos ou não, inteligentes ou não, amados ou não. E os que sentiriam a nossa falta terão o mesmo fim que nós. Somos todos um nada.
E não é horrível saber disso? Não importa que caminho tracemos, o final da jornada é sempre o mesmo, não podemos fugir disso. Não temos como fugir.
E a única coisa que nos motiva a viver é o amor. E quando perdemos isso? E quando não temos ninguém para partilhar as alegrias e tristeza do mundinho tosco que criamos a nossa volta? O que nos resta? E quando nós é que abandonamos a nós mesmos? Entendo por certo lado quem quer encurtar esse processo. Para que sofremos mais, se podemos acabar com isso aqui, agora? Que diferença faz? Por que continuar a derramar mais lágrimas de decepção e nos afogar no meio de soluços incontroláveis e persistentes?
E quanto mais penso no assunto, mais me parece que a nossa vida não é mais do que um acidente, uma piada muito sem graça.
E já não vejo mais motivos para viver...
Mas sou covarde demais para acabar com isso.....uma pena

Tormentos repetitivos

|

A desilusão de um sonho destruído é uma sombra que sempre volta a recair sobre mim, quando eu menos espero. Não importa quanto tempo tenha passado e quantas vezes eu tenha tido a certeza de que a decepção está mais que superada, sempre volta. E aos meus olhos e à minha insana mente parece-me que às vezes o mundo conspira para que eu não esqueça. Não que eu esteja egocentricamente beirando a loucura, mas é que são muitas as coincidências para que não passem disso. É como se fosse engraçado o fato da minha esperança e minha autoconfiança serem repetidamente abaladas e postas à prova.

E o que sempre me entristece e me transtorna é o fato desses sonhos nem sempre evaporarem por falta de persistência, e já não me refiro mais somente à mim.

Loucura excessiva de minha parte ou não, não me importa, não me resta mais esperança no meio desse devaneio que nem meus conhecidos devem ter entendido.

Verbalizar

|

Irônico não? Ter tanto para falar e não saber o que dizer. Ter a alma tão cheia e a cabeça tão vazia. Sentir um turbilhão de emoções e não conseguir desfazer a cara sempre tão séria. Os olhos não eram a janela da alma? Por que então eles insistem em contradizer? Estão tão rasos e vazios. Eles desistiram em procurar o lugar que me deixa segura? Não acharam nada digno de ser admirado?
E onde estão as palavras? Por que na hora que é necessário verbalizar todas as emoções bagunçadas e que lutam brutalmente dentro de mim para se sobrepor elas me fogem? É sempre assim. Não adianta certas horas poder falar e não saber como.
Mas não me preocupo, sempre após as batalhas interiores vem a calmaria. Mesmo que demore muito, mais cedo ou mais tarde ela aparece. Aquela calmaria. Será isso mesmo ou será que é a conformidade? Não sei, nunca me pareceu a melhor opção se conformar, independente da situação. Se conformar me parece sinônimo de desistir.

Solidão

|

E agora? Orgulha-se de ti? Está onde queria? Olhar estas paredes brancas e imóveis que te cercam te faz feliz? É a companhia que desejava? Certamente não a que precisava, mas talvez a que merecia.
E o silêncio? Ele te consola? Ele consegue atravessar os seus cabelos espessos e chegar até os teus ouvidos, sussurrando palavras de ternura e compreensão? Provavelmente não. E se ouvisse tais palavras, você as reconheceria? Já faz tempo não?
E por que está aqui? Já não devia ter aprendido a lição? O que por fim te derrubou? Achava que nunca cairia? Não acredito que se iludiu a esse ponto.
E essas lágrimas que lhe escorrem pelo rosto? Sabe que não tem o direito de derramá-las. Por que então elas surgem? Talvez seja de desilusão, desespero, tristeza, sofrimento. Já nem sabe mais por que não é?
E o que te resta? Sobrou algo lá fora pelo qual vale a pena se levantar novamente? Não importa, tem que levantar e deixar esse canto. Uma hora vai ter que sair, e você sabe disso. Volte a por a máscara que usa a tanto tempo e esboçe aquele sorriso falso que veste tão bem. Junte-se a multidão fria e sem emoção. E não se preocupe, não é a única. Todos usam máscaras como você.

(sem título)

|

Sabe, passamos um tempão tentando construir os nossos sonhos, atingir os nossos objetivos, fazendo o possível para chegar um pouquinho que seja mais próximo de realizá-los. São dias e noites dedicados ao que desejamos que seja o nosso destino afinal. Até então concretizarmos. E tudo então ganha mais vida, torna-se melhor. O encanto e felicidade vêm com aquele sentimento de auto-realização que nos deixa mais confiante. Mas então sempre surge alguém. Sempre surge alguém e nos derruba, destrói sempre a nossa felicidade, quase sempre conscientemente. E é isso que me mata hoje em dia. Saber que tem gente que por puro egoísmo ou prazer têm a audácia de atrapalhar a vida dos outros sem necessidade alguma. Atrapalhar a vida de alguém que nem chegava a ser um incômodo. E é isso que me desanima. Sempre, mas sempre mesmo tem alguém desse tipo. E já me pergunto se vale a pena então correr atrás, já que algum dia alguém irá nos derrubar sem piedade.

Esse tipo de pessoa ganha somente o meu desprezo, realmente espero que as pessoas no geral possam mudar e perceber que não se vai longe atrapalhando a vida alheia. E que o que é uma pequena ação sua pode ter uma repercussão imensa na vida de alguém.