Quebre as correntes....se possível

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Todos nós somos contidos por algo. Sempre tem alguma coisa que nos segura, impedindo que façamos exatamente o que queremos quando desejamos. De certo modo isso é até bom, uma vez que se cada um fizer o que bem entende, o mundo vai virar uma bagunça. É preciso mesmo ter uma organização. Bom, antes que eu seja levada por uma reflexão que tome termos filosóficos, deixe-me redirecionar esse texto para o devido lugar: Certas vezes não somos contidos apenas pelas regras e leis, tem algo mais. Algo que nos impede de ser quem somos, dizer o que sentimos, fazer o que queremos. Algo que nos reprime dentro de nós mesmos. Lutamos contra o que somos, ou pelo menos lutamos para não sermos o que somos. Não porque não queremos, simplesmente porque não podemos ser. Essas são as nossas correntes, que nos seguram, nos prendem e que se tornam mais apertadas quando tentamos fugir. Porque se tentamos fugir quer dizer que nos incomoda a situação que nos encontramos e se descobrimos que não podemos sair dela, bom, então o nosso mundo rui. Na verdades, nós ruímos.
Bom, apesar de toda a abstração do texto, vou tentar exemplificar: Nossas correntes podem ser o medo. Medo de sermos julgados, medo de sermos quem queremos ser. Nossas correntes podem ser pessoas. Nossos pais que nos reprimem ou "amigos" que nos deixam com medo de nos posicionarmos e sermos rejeitados. Nossas correntes podem ser a insegurança. Nossas correntes podem ser a falta de oportunidades. Nossas correntes podem ser até inexistentes, coisas da nossa cabeça, que para os outros claramente não é real, mas para nós chega a ser real até demais, chega a nos perseguir.
E as incessantes tentativas de quebrar as correntes são muitas e muitas vezes frustradas. Mas não deveríamos desistir por isso não? Quem sabe um dia conseguiremos então nos libertar de nossas aflições que por várias vezes fingimos ignorar, sequer ver, mas que nos corrói por dentro, e deixamos que isso aconteça sem nem ao menos transparecer, sempre encobrindo nosso interior com aquele sorriso forjadamente estampado bem no meio de nossas caras, enquanto as nossas correntes cada vez mais apertados chega a nos deixar sem ar, até a hora que nos sufoca por completo.

With my wide eyes
Com meus amplos olhos
I've seen worlds that don't belong
Eu vi mundos que não se encaixam
My mouth is dry
Minha boca está seca
With words I cannot verbalize
Com palavras que eu não consigo verbalizar
Tell me why
Me diga por que
We live like this
Nós vivemos assim
Paramore - We are broken
De mais uma pessoa presa, como todos os demais.

3 pessoas também deram sua opinião:

Juh S. disse...

Me senti dentro de voce com esse texto. Senti voce. É claro que nao fiquei sabendo A situação em si, mas vi o que voce sentia, senti o que voce viu.
E sobre as correntes... sinto que tem uma corrente em mim que me impede de ser o que eu sou, me impede de sentir o tanto que meu EU quer sentir.
as vezes penso que essa corrente se chama CONSCIÊNCIA.


bjss lih, te amo, vou estar aqui pra tudo
sempre

Luana Andrade disse...

OI Lih,

Como como disseca, explora "nosso" interior tão significativamente... É perturbador o livre-arbítrio, liberdade desmedida... Nossa própria "consciência mediana" obsta atos, delibera proibições até desnecessárias. Se conseguimos desprender estas correntes, constataremos de forma triste que o cárcere foi estendido à paredes ilusórias de auto punição. "Nos sufoca por completo"... denomino isto de frustração... Uma prerrogativa humana, assim como o "sorriso". Adoro Paramore, ótimo contexto.
Um aceno com minha mão também algemada à realidade obscura da verdade o/

Babih Xavier disse...

Aah tenho tantas correntes
que nem sei dar nome a elas \o