E não vem...

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A solidão do meu quarto apesar de me atormentar é de certo modo aconchegante, o que não faz nenhum sentido. Através da janela, sem sequer me levantar, olho para o imenso azul escuro do céu lá fora. Um céu deserto, sem estrelas que me façam lembrar da imensidão do universo. As lágrimas voltam a recobrir o meu rosto. E a insegurança não passa. Luto inutilmente contra elas, não posso mais controlá-las, já faço isso a muito tempo. De repente o que começou com algumas gotas se transforma em uma enxurrada, que trás consigo a tona todas as mágoas e inseguranças, todas as tristezas e decepções. O choro então vem com o soluço abafado, com o desespero. E a calma não vem. Depois do demorado choro de desabafo solitário, vem o mais temido sentimento: a desistência. Vem aquela certeza de que nada que eu faça irá fazer com que as coisas melhorem. E a paz não vem. Mas o medo de que as coisas não mudem, de que os temores se tornem a realidade de meu futuro trazem um desespero e descontentamento momentâneo, que enfim, torna-se vontade de fazer com que as coisas melhorem. E vem a determinação. Determinação de transformar as pequenas chances que me restam em realidade, de torná-las possíveis.

Sentimentos

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Nós poderíamos passar toda a eternidade discutindo sentimentos. O fato é que por mais que resumamos um sentimento a uma única palavra, por mais que coloquemos a definição dela em dicionários, isso não anula o fato de que para cada um a mesma palavra quer dizer uma coisa. Acho que a palavra que mais causa divergência de opiniões é o amor. Começando pelo fato que dizemos que existe vários tipos de amor. Amor para com a família, amor de mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de amantes. Mas mesmo assim, mesmo sendo tantos tipos, só existe uma palavra para tudo isso. O que me leva a pensar que não sei, talvez não sejam tão diferentes afinal. Há também o fato de definir se o que se sente por alguém especial para você é só paixão ou se é amor. Sempre escutamos por aí nossos pais, talvez avós dizendo que os jovens não amam alguém do sexo oposto (ou não). Mas, e por quê? Como alguém mesmo mais velho e supostamente com mais experiência de vida pode julgar o sentimento dos outros? Como qualquer um pode achar que tem a capacidade de julgar o quanto o outro sente? E não é só com amor não. O ser humano tem a irritante mania de sempre achar que a dor dos outros é menor que a sua própria dor. Somos egocêntricos o bastante para isso.

Bom, só queria dizer que, para mim, sentimentos podem ou não acabar. Mas isso não anula o fato de que eles existiram. Não anula o fato de que você foi feliz com alguém. E não é porque pode ser que acabe um dia que devemos parar de sentir.

Aviso

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Bom, é com tristeza que informo que ao que parece minha conta dos blogs foi invadida, e usada de forma inapripriada para comentar em outros blogs, portanto se eu mandei um comentário inapropriado para alguém sinto muito, não fui eu. Mudei a senha e espero que isso não aconteça mais, e se por acaso quem invadiu minha conta ler isso, saiba que o desapontamento é enorme, e se deseja dizer algo para alguém, use seus dados, e não o de outras pessoas.
Me desculpem o incômodo.

Bolas de sabão

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Felicidade. Não é a mesma coisa para todas as pessoas. O que me deixa feliz talvez não te deixe feliz. Mas é algo que ninguém desiste de conseguir, ainda bem. Mas considero a felicidade frágil. É como várias bolhas de sabão. Algumas podem acabar estourando, mas as outras ainda estão lá, você ainda tem o que te faz feliz. A coisa começa a se complicar quando vem alguém que simplesmente adora estourar bolas de sabão. Sem motivo. Porque é bem difícil o caso que é necessário acabar com a felicidade dos outros. Mas as pessoas fazem isso. E não são poucas não. Talvez seja engraçado, não sei, nunca parei para experimentar fazer isso, talvez porque não gosto quando fazem isso comigo.

As pequenas coisas

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É impressionante como pequenas coisas ressurgem. Não sei explicar, elas simplesmente voltam a incomodar de novo. Saem de novo do fundo do baú para reinvidicar o espaço que elas um dia tiveram em sua vida. Não estou falando de coisas materiais, mas de situações, acontecimentos ou pessoas que um dia foram algo na sua vida. Algo que as vezes não nos importamos em carregar na mente. O problema é quando isso sai do cantinho que estava e começa a incomodar. Talvez não fosse nada de demais na época, mas que agora atormenta seu presente e lhe causa problemas, maiores do que um dia você imaginou que gerariam. Ou então coisas que queríamos sim esquecer, que queríamos deixar para trás preso no passado, mas que sentem a necessidade de fazerem parte da sua vida mais uma vez, mesmo que você não queira. O que fazer quando isso acontece? Não tenho ideia, se alguém souber me digam. Se é que alguém conseguiu entender esse texto.
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Eu quero agradecer ao Just be happy e ao Serrão's blog pelos selos. Já fazem parte do blog, mas muito obrigada!

Vazio

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Você alguma vez já teve a sensação de que um vazio vem sorrateiro e sem nenhum aviso prévio toma conta de todo o seu corpo e preenche a sua alma? Algumas vezes, na verdade até muitas, não temos idéia de onde ele vem. Talvez seja saudade de algum tempo onde tudo era mais fácil ou de alguém que talvez até não esteja longe em distância física, mas que já não está tão próximo de você. Talvez também seja uma saudade de algo que nunca existiu apesar do seu desejo mudo e duradouro. Talvez seja também uma daquelas sensações de abandono que são incompreenssíveis, tendo em vista que quase sempre que ela vem estamos cercados de pessoas. Talvez não seja nada disso também, talvez seja só um banho de realidade inesperado ou o cansaço de nosso espírito em manter a felicidade. Talvez simplesmente não tenha motivo. Talvez eu não saiba bem o que escrever hoje. Talvez eu nunca soubesse realmente.